28 de fevereiro de 2014

O Zé, a Maria Lusa e o Político


A realidade que serviu de inspiração para esta tira foi o congresso do CDS-PP de 2005, no rescaldo das eleições legislativas que já várias vezes foram aqui referidas. Ora, esse congresso teve um desenvolvimento inesperado: com Paulo Portas de malas aviadas para a sua breve estadia nos Estados Unidos, estava tudo mais ou menos preparado, entre o trio Portas, Nobre Guedes e Telmo Correia (o trio que protagoniza esta tira), para que este último fosse o seu sucessor; no entanto, para surpresa geral, quem se impôs à última hora foi Ribeiro e Castro, que assim estragou os planos já traçados.

26 de fevereiro de 2014

O Zé, a Maria Lusa e o Político

Mais uma tira de ZML para os "extras", pois é datada de 2003. Aqui se recorda o voluntarismo de Durão Barroso em relação à iminente guerra do Iraque, e a sua argumentação em francês arrevesado. A propósito, alguém se lembra ainda do que ele respondeu quando, na TV, lhe perguntaram se, de facto, existiam armas químicas que justificassem o ataque ao Iraque? Eu lembro-me; ele respondeu assim: "Eu vi as provas." O que significa que mentiu deliberadamente, ou que Bush e comparsas o enganaram por imbecil.

22 de fevereiro de 2014

O Zé, a Maria Lusa e o Político


 
No momento que decorre mais um congresso do PSD, recordamos uma tira que remete para um outro congresso, em 2005, onde Santana Lopes deixou outra das suas frases lapidares: "não mais abandonar mandatos a meio". Daí o seu regresso fugaz à Câmara Municipal de Lisboa, que já tinha sido tema de outra tira, da série Jardim de Bananas.

21 de fevereiro de 2014

D. Bibas, o bobo do corte



A derrota dos partidos do governo PSD-CDS nas eleições legislativas de 2005 promoveu uma rápida substituição das respectivas lideranças. O que sucedeu no CDS-PP foi tema da anterior tira do D. Bibas; no caso do PSD (a matéria da presente tira) deu-se a ascensão de Marques Mendes, que na própria noite de eleições tinha vincado que era preciso "mudar de vida". Porém, mais facilmente foi ele próprio mudado, pois esteve apenas dois anos à frente do partido, sem deixar grandes marcas. De baixa estatura física, combustível para alguma zombaria, dessa época recordam-se os debates parlamentares, onde o então primeiro-ministro, reconhecido cinturão-negro do palavreado, lhe ganhava facilmente todos os combates.

19 de fevereiro de 2014

A «democracia» tutelada



Apesar de publicado em 2005, no 30 de Fevereiro, a propósito de factos ocorridos na época, vou etiquetar este "cartoon" nos "extras", pois está datado de 1999. Também não é por acaso que faz parte do livro 'TamosTramados, porque, como se pode comprovar, há coisas que nunca mudam. Em Portugal, os governos só exercem o poder pelo mínimo denominador comum, porque houve sempre um conselho, um tribunal, um procurador, um presidente, um sindicato, um grupo de pressão, uma providência cautelar, um burocrata estrangeiro, e todo o filho-de-mãe mais o cão que o acompanha, para fazer valer a sua justiça - com a particularidade de praticamente todos eles jamais terem ido a votos. É bem certo que, como diz o ditado, "massa onde todos metem a mão não dá bom pão".

11 de fevereiro de 2014

Jardim de Bananas


Em finais de Março de 2005 a Vicaima, uma indústria de madeiras de Vale de Cambra, esteve envolvida numa polémica com a Greenpeace, que acusava a empresa de utilizar madeira proveniente do abate ilegal de árvores na Amazónia Os activistas bloquearam a entrada da fábrica, acorrentando-se ao portão, o que despoletou uma confusão e desacatos, com agressões físicas entre administradores, manifestantes e um repórter de imagem de uma televisão. A cena está disponível no YouTube - parece um filme do Steven Seagal, mas com palavrões.
A última tira do Jardim de Bananas publicada no 30 de Fevereiro, fazia referência ao comportamento do tal administrador, e, quanto a mim, ele saiu favorecido no retrato...

4 de fevereiro de 2014

D. Bibas, o bobo do corte


Depois das legislativas de 2005, o então ex-ministro da Defesa, do Mar e de Outras Coisas num Título Muito Comprido que Também o Apanhou de Surpresa, Paulo Portas, anunciou a sua retirada de cena, e a consequente saída para o estrangeiro (Estados Unidos no seu caso particular), para estudar... Um tipo de decisão que viria a fazer escola. Quanto ao bobo, dava ouvidos à boataria mal-intencionada e extrapolava os futuros possíveis para um obscuro político caído em desgraça...