31 de dezembro de 2013

D. Bibas, o bobo do corte


A segunda tira do D. Bibas, foi desenhada no rescaldo das Legislativas de 2005. A coligação PSD-CDS, então no governo, sofreu uma derrota estrondosa nas urnas que abriu caminho à primeira maioria absoluta do PS. Como é da praxe acontecer nestas ocasiões, os derrotados abandonam o campo de batalha e chegam-se à frente os reservistas; e assim se abriu o processo de sucessão para a liderança dos partidos que tinham formado o governo.
D. Bibas, que não era menos que os outros, tentou a sua sorte...

30 de dezembro de 2013

D. Bibas, o bobo do corte



Inspirado num personagem histórico - D. Bibas, bobo da corte do conde D. Henrique, em finais do século XI - este homónimo, criado pelo Mário Teixeira por volta de 1990, teve uma existência errática nos seus primeiros anos. Foi publicado, pelo menos uma vez, até 1995, no Jornal da Marinha Grande. Contudo só em 2005, e no formato de tira, D. Bibas passou a dedicar-se ao "corte" com a regularidade devida, no 30 de Fevereiro. Produzido em Corel Draw, dos originais das suas 18 histórias, praticamente nada sobreviveu ao "naufrágio" de um disco duro...
Esta primeira tira respeita à campanha para as Legislativas de 2005, quando o Santana Lopes primeiro-ministro fez um apelo ao voto através de um folheto distribuído por todas as caixas do correio.

27 de dezembro de 2013

O Hamas e a Palestina


Na sequência dos resultados das eleições parlamentares na Palestina, em Janeiro de 2006, este "cartoon" atraiu um considerável número de visitas com origem no Médio Oriente. Chegou mesmo a existir um "hotlink" da imagem para um fórum escrito em árabe que, traduzido pelo Google, tinha um comentário do género: "vejam, a ideia que eles têm do Hamas...". Felizmente não enviaram o Hezbollah no nosso encalço... O Mário Teixeira enviou o "cartoon" para o Jornal de Notícias, que o publicou destacado, dias depois, no topo da secção "Cartas do Leitor".

26 de dezembro de 2013

Gajo Borbulha



O Gajo Borbulha - um comunista, com alguma instrução e cultura, que vive rodeado de pacóvios - é uma das criações mais perduráveis do Mário Teixeira e goza actualmente de certa popularidade no facebook. As tiras vão revelando o carácter dos personagens e são raras as referências a acontecimentos concretos da vida nacional - ao contrário de outras suas criações que se situam no terreno do "cartoon" de comentário político e social, e que são, por isso, de efeito mais imediato.
Praticamente todas as tiras apresentadas no 30 de Fevereiro foram entretanto redesenhadas e melhoradas, estando projectada uma edição em livro.

23 de dezembro de 2013

O Zé, a Maria Lusa e o Político


 A primeira colaboração do Mário Teixeira para o 30 de Fevereiro deu-se em inícios de 2005, com três tiras de BD - esta, e as duas iniciais do Gajo Borbulha, que publicarei a seguir.
A tira refere-se a Santana Lopes, então primeiro-ministro, que, acossado por todos os lados, mesmo pelos seus correligionários políticos, desabafou um dia - não recordo as palavras exactas, mas o sentido era mais ou menos este: o seu Governo era como um recém-nascido, numa incubadora, onde os irmãos mais velhos, em vez de protegê-lo, o vinham agredir (entenda-se: os "barões" do partido não só não o apoiavam como o criticavam abertamente). A metáfora passou ao anedotário nacional...

22 de dezembro de 2013

Suástica e barras coloridas


Em 2004, George W. Bush andava entretido na Segunda Guerra do Golfo, e no 30 de Fevereiro havia basto material a inventariar as suas palhaçadas. Para ilustrá-las, concebi esta montagem que simbolizava as forças que o suportavam: do lado esquerdo o casal retratado na pintura "American Gothic", de Grant Wood, representando os campónios iletrados; do lado direito o Ku Klux Klan, símbolo da intolerância.
A imagem é minúscula (como muitas outras que por aqui vão aparecer) porque, nesses tempos pré-banda-larga, as imagens demoravam demasiado tempo a carregar - e tempo era, literalmente, dinheiro. O Softpress Freeway, que eu utilizava para construir o sítio, permitia inclusivamente subdividir uma imagem em fragmentos com diferentes compressões jpeg, conforme a zona da imagem contivesse mais ou menos informação, para poupar na quantidade de kbytes utilizados - e eu utilizei essa função para dividir esta "enorme" imagem numa meia-dúzia de secções. Mais tarde substituí-a por uma imagem global, generosamente comprimida para 33,8 KB...

21 de dezembro de 2013

Andar de automóvel é dar de comer a um milhão de políticos portugueses


A primeira imagem apresentada no 30 de Fevereiro foi esta espécie de cartaz retro, que desenhei num estilo Anos 30-40. Adaptei à situação uma antiga frase publicitária, bem conhecida: "Beber vinho é dar de comer a um milhão de portugueses" - uma promoção algo insólita da indústria vinhateira nacional.
Possuir um carro foi sempre extremamente penalizador, e já em 2004 os impostos estavam constantemente a subir. Parecia-nos mau (e era mau), mas ainda havia SCUTs, o litro de gasolina estava a 95 cêntimos, o gasóleo custava 70 cêntimos, o iva era de 19 %, e nem imaginávamos o que estava para vir... Esta nunca perdeu a actualidade - e nunca a perderá...

20 de dezembro de 2013

Apresentação


Há cerca de dez anos iniciei o site 30 de Fevereiro, com alguns amigos, albergado na clix.pt e, mais tarde, no sapo.pt. Esse site, que começou por difundir textos na Biblioteca e imagens na Galeria, teve também uma extensão dedicada à divulgação musical - o Webzine, - que acabou por se autonomizar no Distorsom e se manteve em publicação até ao final de 2009.
O velho 30 de Fevereiro, repositório da segunda metade da primeira década, foi depois definhando até à sua quase total imobilidade. Muito do seu conteúdo perdeu rapidamente a actualidade (nunca pretendeu ser intemporal), algumas entradas foram sendo retocadas, outras simplesmente eliminadas, até ao ponto em que muito do que por lá estava escrito pura e simplesmente deixou de fazer sentido. Decidi agora eliminar o 30 de Fevereiro.
No entanto, a Galeria do site, apesar de datada, é um património original e único que entendo ser útil preservar. Serão os desenhos do Mário Teixeira e os meus que por aqui se documentará, tentando contextualizá-los sempre que possível.
(A. Stonefield)